O PENSAMENTO ECOSSISTÊMICO EM CAPRA E OS LIMITES DA CRÍTICA SOCIOAMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/revgeov16n5-275Palavras-chave:
Cartesianismo, Pensamento Sistêmico, Economia Política, Educação AmbientalResumo
A proposta deste artigo é considerar o vínculo do discurso da ecologia sistêmica à crítica da economia política como uma abordagem crítica da Educação Ambiental. O artigo possui caráter de mote compilativo e tratou de elencar as premissas de uma preocupação pouco assistida. Trata-se de um material sintético, indicativo de um prolegômeno com a possibilidade de ser ampliado. O procedimento metodológico a que se debruça considera, respectivamente, a existência do mundo exterior demonstrado e não mostrado pelo método analítico mecanicista, alçado ao status de verdade absoluta e sentenciado pelo ato do pensamento; o esforço do ‘bem pensar’ sistêmico em romper a lógica do racionalismo irracional das verdades estabelecidas a partir das interconectividades entre as partes com o todo mediante o entendimento de recíprocas cadeias de interação; por fim, serão feitos apontamentos relacionados aos limites da crítica ecológico-sistêmica e seus desdobramentos socioambientais contemporâneos. Tendo em vista que o método analista cartesiano propõe a fragmentação do conhecimento, o conceito de natureza é reduzido a recursos serviçais para a produção de mercadorias destinadas à reprodução do capital, porém a proposta do paradigma ecológico/sistêmico é a da reunificação a partir do movimento da vida, incluindo, evidentemente a figura humana, plural, diversificada e complexa, embora limita-se ao indivíduo, não alcançando assim, as instituições capturadas pela lógica do capital.
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