COLABORAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS: PROPOSIÇÃO DE UM MODELO CONCEITUAL

Resumo

A crescente complexidade das cadeias de suprimentos tem ampliado a necessidade de compreender como colaboração e integração de processos de negócio se relacionam para gerar valor e competitividade. A literatura mostra avanços importantes na definição de processos-chave e de construtos de colaboração, mas ainda são escassos os estudos que analisam de forma integrada a influência desses elementos. Este artigo tem como objetivo propor um modelo conceitual que explique como a colaboração pode afetar positivamente a integração dos processos de negócio na cadeia de suprimentos. A pesquisa foi desenvolvida por meio de uma revisão sistemática da literatura, contemplando modelos clássicos (GSCF, SCOR, Handfield & Nichols, Srivastava e Melnyk) e contribuições recentes sobre colaboração interorganizacional. Como resultados, foram identificados oito processos de negócio fundamentais (relacionamento com clientes, serviço ao cliente, demanda, pedidos, manufatura, fornecedores, desenvolvimento de produtos e devoluções) e quatro construtos antecedentes à colaboração (alinhamento interno, confiança no parceiro, cultura colaborativa e orientação para parceria). Esses elementos foram organizados em um modelo conceitual sustentado por cinco hipóteses que evidenciam como a colaboração potencializa a integração dos processos. A principal contribuição do estudo é oferecer uma estrutura teórica robusta, que pode orientar futuras pesquisas empíricas com métodos quantitativos (SEM, PLS) e apoiar gestores na implementação de práticas colaborativas mais eficazes. Conclui-se que compreender a relação entre colaboração e integração é essencial para fortalecer a resiliência e a competitividade das cadeias de suprimentos, sobretudo em um cenário marcado por transformações digitais, sustentabilidade e dinâmicas globais complexas.