CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E DETERMINAÇÃO DE ELEMENTOS CONTAMINANTES EM CASSITERITA DE BAIXO TEOR PROVENIENTE DO GARIMPO BOM FUTURO (RO), AMAZÔNIA OCIDENTAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/revgeov16n5-016Palavras-chave:
Cassiterita, FRX, ICP-OES, Metais Pesados, Amazônia OcidentalResumo
O presente estudo teve como objetivo realizar a caracterização química e a determinação de elementos contaminantes em amostras de cassiterita de baixo teor provenientes do Garimpo Bom Futuro, localizado na Amazônia Ocidental (RO). A pesquisa buscou avaliar a composição elementar do minério, identificar metais potencialmente tóxicos e subsidiar discussões sobre o aproveitamento mineral e os riscos ambientais associados à sua exploração. Para isso, foram coletadas amostras representativas em diferentes frentes de lavra e pilhas de rejeitos, seguindo critérios geológicos e de exploração mineral. As amostras foram preparadas segundo protocolos padronizados de secagem, moagem e homogeneização, e posteriormente analisadas pelas técnicas de Fluorescência de Raios X (FRX) e Espectrometria de Emissão Óptica com Plasma Indutivamente Acoplado (ICP-OES). Os resultados obtidos revelaram que o estanho (Sn) constitui o principal elemento nas amostras, com teores médios entre 45% e 46%, valores característicos de depósitos secundários aluvionares da região. Foram observados teores moderados de ferro (Fe) e tungstênio (WO₃), além de baixas concentrações de metais potencialmente tóxicos, como chumbo (Pb), arsênio (As), cádmio (Cd) e zinco (Zn), todos abaixo dos limites de referência ambientais. A homogeneidade composicional e os baixos teores de umidade (0,17–0,23%) reforçam a representatividade das amostras e a qualidade analítica dos resultados. Dessa forma verificou-se que a cassiterita de baixo teor do Garimpo Bom Futuro apresenta composição favorável ao reaproveitamento mineral e reduzido risco geoambiental, evidenciando potencial econômico e sustentabilidade para a mineração regional.
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