INCANDESCÊNCIA E FRAGMENTO: A ESPADA-DIALÉTICA DO ROMANTISMO NA FORJA DAS CULTURAS BRITÂNICA E ESTADUNIDENSE
DOI:
https://doi.org/10.56238/revgeov16n5-009Palavras-chave:
Episteme, Hermenêutica, PalimpsestoResumo
No âmago da aurora romântica, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos da América erigiram, em pulsante contraste, duas arquiteturas literárias que personificam a alma do seu tempo e espaço. O romantismo britânico, encabeçado por William Wordsworth, descortina a introspecção mística e o diálogo reverente com a natureza como caminho para a transcendência. Por outro lado, o romantismo estadunidense, com Edgar Allan Poe como seu baluarte, mergulha nas profundezas sombrias da psique e no suspense do desconhecido, espelhando o peculiar tumulto da jovem nação. A análise dessas duas linhas d’alma encontra um horizonte fecundo nas reflexões do teórico britânico Raymond Williams, que desvela o tempo como tecido social, e no pensamento de Frederick Jackson Turner, cuja tese da fronteira modela o tempo histórico americano. Estudar essas diferenças é indispensável para compreender a literatura atual, pois nelas reside a lâmina cortante que analisa as duas identidades culturais em sua mais incandescente fulgência.
Downloads
Referências
POE, Edgar Allan. The fall of the House of Usher and other writings. London: Penguin Books, 2003.
POE, Edgar Allan. The Raven and other poems. Mineola: Dover Publications, 1991.
TURNER, Frederick Jackson. The significance of the frontier in American history. New York: Henry Holt, 1921.
WILLIAMS, Raymond. Marxism and literature. Oxford: Oxford University Press, 1977.
WORDSWORTH, William; COLERIDGE, Samuel Taylor. Lyrical Ballads: with a few other poems. London: J. & A. Arch, 1798.